4 de setembro de 2012

Semimanufaturados lideram queda nas exportações em agosto

As exportações brasileiras recuaram nos três grupos de produtos (básicos, manufaturados e semimanufaturados) em agosto frente ao mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A maior queda foi registrada no grupo de semimanufaturados (-23,6%), principalmente em função de menor venda de ferro fundido (-67%); semimanufaturado de ferro e aço (-46%); alumínio em bruto (-31,3%); e açúcar em bruto (-31,1%).

Em agosto o Brasil exportou 15,5% menos produtos básicos que no mesmo mês de 2011. Os maiores recuos nesse grupo foram registrados nas vendas de minério de ferro (-38,3%); café em grãos (-35,7%); soja (-25,1%); e carne de frango (-13,1%).

No comércio de manufaturados, que caiu 8,6% na comparação, as maiores quedas ocorreram nos embarques de açúcar refinado (-47,5%); motores para veículos (-20,8%); automóveis (-19%); e máquinas e aparelhos de terraplenagem (-14,5%).

As vendas externas de produtos nacionais em agosto somente não tiveram queda nos embarques para a Europa Oriental, segundo dados do ministério. As exportações para essa região subiram 12% em agosto, frente ao mesmo mês do ano passado. Para a Ásia, as vendas recuaram 11,6%. A queda dos embarques para a América Latina e Caribe foi de 12,4% — pouco menor que para a União Europeia (16,8%). As vendas para os Estados Unidos caíram 2,7%. Todas as comparações são pela média diária.

Em agosto, as exportações caíram 14,4%, passando de US$ 26,159 bilhões para US$ 22,382 bilhões.

Greve dos servidores afetou


Os dados da balança comercial de agosto ainda foram afetados pela greve de servidores públicos que ocorreu no mês, avaliou a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

A paralisação de funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Receita Federal e do Ministério da Agricultura interferiu tanto nos números de importações como no de exportações, disse o secretário-executivo do ministério, Alessandro Teixeira. Na divulgação dos dados de julho os secretários já tinham reconhecido que a paralisação estava afetando o comércio exterior brasileiro.

Eles, entretanto, não afirmaram qual foi o impacto da greve na balança comercial. No mês, os embarques e desembarques recuaram ante o mesmo mês do ano passado. A queda foi de 14,4% no caso das exportações e de 14% no lado das importações, pelo método da média diária.


Fonte: Jornal Valor Econômico

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