5 de setembro de 2012

Fazenda vai monitorar lista da TEC para impedir aumentos de preço

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o ministério vai monitorar os produtos incluídos nesta terça-feira na lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercado Comum do Sul (Mercosul) para evitar que haja aumento de preços. “Não queremos aumento da inflação”, afirmou o ministro ao deixar a reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), acompanhado do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.

Com isso, afirmou Mantega, o governo pretende diminuir as importações desses insumos de forma a garantir a produção nacional. O ministro destacou ainda que a definição dos cem produtos que compõem a lista é mais um passo para aumentar a competitividade da indústria nacional, que já conta com câmbio mais favorável. “Esperamos que com isso a indústria produza mais”, disse o ministro.

Na lista definida nesta terça-feira foram incluídos diversos produtos como químicos, batata, pneus de bicicleta, pneus para automóveis de passageiros, partes de calçados, alguns tipos de tijolos, elementos de vias férreas (trilhos, por exemplo) e vagões de carga, entre outros.

Pimentel destacou que uma nova lista de mais cem produtos está em elaboração pelo ministério e deve ser definida até outubro. O ministro não deu prazo para a divulgação da listagem fechada hoje, mas disse acreditar que até 26 de setembro ela estará valendo.

Mantega afirmou que nenhum dos itens incluídos na lista de exceção à TEC terá a tarifa máxima de 35% de Imposto de Importação. A média cobrada será de 25%. Pimentel descartou que a medida se configure como protecionismo comercial, uma vez que está dentro das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, também participou da reunião e confirmou que o governo vai consultar o setor privado sobre acordos bilaterais do Mercosul com o Canadá e com a União Europeia, conforme adiantou o jornal Valor na edição desta terça-feira. “A última consulta foi feita em 2011. De lá para cá muita coisa mudou e precisamos saber se eles ainda têm interesse ou não”, afirmou.


Fonte: Jornal Valor Econômico

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