27 de setembro de 2012

Bancários encerram greve e voltam ao trabalho nesta quinta-feira

Os bancários aprovaram o fim da greve na noite desta quarta-feira e devem voltar ao trabalho na quinta-feira em todo o país. Os sindicatos da categoria seguiram a orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) de aprovar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

A paralisação, iniciada no dia 18 deste mês, chegou ao fim após nova proposta da Fenaban, que elevou para 7,5% o reajuste salarial da categoria (aumento real de 2%). Diante dessa oferta, a Contraf recomendou aos sindicatos regionais a aceitação do índice.

Em Londrina (PR), o sindicato já havia aprovado na manhã desta quarta-feira a proposta de reajuste da Fenaban e a volta ao trabalho, tanto nos bancos públicos como nos bancos privados.

Nove dias parados

Os bancários deflagraram a greve nacional no dia 18 de setembro, depois de rejeitarem a proposta anterior dos bancos, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais.

A greve ganhou força durante a semana passada. Enquanto a adesão foi de 5.132 agências e centros administrativos (24% das 21.713 localidades em todo o país) no primeiro dia de paralisação, esse número cresceu 77% e chegou a 9.092 locais (42%) no quarto dia de greve, segundo o sindicato da categoria.

Os bancários reivindicavam reajuste salarial de 10,25% (5% de aumento real), além de piso salarial de R$ 2.416,38; participação nos lucros de três salários mais R$ 4.961,25 fixos; elevação para R$ 622 dos valores do auxílio-refeição, entre outros pedidos.

Os bancos ofereciam apenas reajuste linear de 6% (0,58% acima da inflação), aumentado posteriormente para 7,5%. Também concordaram em ampliar as concessões em relação a benefícios e pisos salariais.

As cláusulas econômicas da Convenção Coletiva dos Bancários aprovadas pela categoria são estas:

Reajuste: 7,5% (aumento real de 2,02% pelo INPC).

Piso: R$ 1.519 (reajuste de 8,5%, o que significa 2,95% de ganho real).

Salário dos caixas: R$ 2.056,89 (8,5% de reajuste).

Auxílio-refeição: R$ 472,15 (R$ 21,46 por dia), o que representa reajuste de 10%.

Cesta-alimentação e 13ª cesta-alimentação: R$ 367,90 (reajuste de 10%).

Participação nos Lucros e Resultados (PLR): a regra básica é de 90% do salário mais R$ 1.540 fixos (reajuste de 10%), com teto de R$ 8.414,34 (reajuste de 10%). Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados para 2,2 salários, com teto de R$ 18.511,54 (10% de reajuste).

PLR adicional: 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 3.080 (reajuste de 10%).

Antecipação da PLR: 54% do salário mais valor fixo de R$ 924,00, com teto de R$ 5.166,01 e parcela adicional de 2% do lucro líquido do primeiro semestre distribuído linearmente, com teto de R$ 1.540,00.

 
Fonte: Jornal Valor Econômico

Nenhum comentário:

Postar um comentário