28 de setembro de 2012

BC prevê baixo crescimento global por período prolongado

No momento em que revisa a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 1,6% em 2012, o Banco Central (BC) faz questão de ressaltar que baixo crescimento não é exclusividade do Brasil.

O Relatório de Inflação, divulgado nesta quinta-feira, destaca que a economia mundial tem perspectivas de baixo crescimento não só para este ano, mas por período prolongado.

A avaliação da autoridade monetária é que os riscos para a atividade global seguem elevados, pois permanece o ambiente de recessão na Europa, com reflexos inclusive na Alemanha.

O BC acredita que as medidas recentes contribuíram para diminuir a probabilidade de ocorrência de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais, mas pondera que permanecem “incertezas” políticas e ceticismo sobre a solidez do sistema bancário em alguns países.

O quadro nos Estados Unidos é de “frágil” recuperação, com desaceleração do consumo privado e taxa de desemprego em patamar elevado. Na análise do documento, mesmo que o mercado imobiliário tenha apresentado sinais de melhora em meses recentes, o ritmo da atividade segue influenciado por risco de contenção fiscal, pela fragilidade do mercado de trabalho e pelos efeitos da crise europeia.

Em relação ao Japão, também seguem deterioradas as perspectivas em relação à recuperação da atividade no curto prazo.

São baixas também as expectativas de crescimento de economias emergentes, apesar da “resiliência” da demanda doméstica nesses mercados.

A atividade de países da América Latina e da Ásia segue em ritmo moderado como reflexo do baixo crescimento das economias maduras.

Para o BC, em alguns casos, há uma mudança no padrão de crescimento desses países, com menor ênfase em exportações. “O cenário para a economia chinesa (e para a indiana) se apresenta mais desafiador do que se antecipava”, diz o documento.

Na China, o menor vigor nos setores imobiliário e externo ajudará a baixar os preços das commodities metálicas.

 
Fonte: Jornal Valor Econômico

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