8 de outubro de 2012

Só democracia plena põe Paraguai de novo no Mercosul, diz Patriota

O Paraguai retornará ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) e à União de Nações Sul-Americanas (Unasul) assim que for constatada “plena vigência democrática” no país pelos membros dos dois blocos, afirmou nesta sexta-feira o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota. De acordo com ele, a suspensão do Paraguai pode ser revista a qualquer momento.

“Legalmente [o retorno] pode ocorrer a partir do momento em que os países membros do Mercosul decidirem”, disse Patriota, para quem as sanções políticas ao Paraguai podem ser revistas até mesmo antes das eleições presidenciais, previstas para abril. Em junho, o então presidente paraguaio, Fernando Lugo, foi deposto do cargo, agora ocupado por Federico Franco.

Em setembro, o governo Franco apresentou protesto formal, exigindo indenizações pelos supostos danos causados em decorrência das medidas adotadas pelos membros do Mercosul. “Desde o início [da suspensão] os integrantes do Mercosul deixaram bem claro que o diagnóstico da situação do Paraguai era de ruptura democrática e que a resposta do agrupamento regional seria a suspensão do Paraguai das reuniões do Mercosul. Da mesma maneira ocorreu na Unasul a suspensão do Paraguai dos fóruns de coordenação das reuniões”, explicou o ministro.

De acordo com Patriota, o Paraguai não sofre boicote comercial do Brasil. Sem dar detalhes, disse que nos últimos meses o comércio bilateral tem crescido. “As exportações do Paraguai para o Brasil tem aumentado. Imagino que o mesmo ocorra com o Paraguai em relação aos outros países do Mercosul.”

Patriota esteve nesta sexta-feira no Rio de Janeiro, onde se encontrou com o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Luis Almagro. Os chanceleres falaram sobre agenda bilateral e regional e trataram do andamento dos projetos prioritários para a integração Brasil-Uruguai.


Fonte: Jornal Valor Econômico

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