5 de agosto de 2013

Embarques do país deverão aumentar em 2013

As exportações brasileiras de suco de laranja somaram 149,6 mil toneladas e renderam US$ 155,5 milhões em julho, segundo levantamento divulgado ontem pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/Mdic). Em relação a junho, o volume cresceu 8,5% e o valor dos embarques subiu 0,8%. Na comparação com julho do ano passado, contudo, o volume recuou 26% e a receita registrou baixa de 27,2%.
Com a retomada de julho e o ritmo mais acelerado das vendas ao exterior nos primeiros cinco meses do ano, com destaque para o crescimento dos embarques aos Estados Unidos, a tendência é que o resultado anual seja positivo para as exportações. Em 2012, foram 1,097 milhão de toneladas, 5% menos que em 2011, que renderam US$ 2,276 bilhões, uma queda de 4,2% na mesma comparação.
As adversidades climáticas e fitossanitárias que prejudicam a produção na Flórida têm colaborado para o aumento das exportações brasileiras que deverá dar o tom neste ano. Nos últimos meses, os problemas no Estado americano, que reúne o segundo maior parque citrícola do mundo - menor apenas que o paulista - têm oferecido suporte às cotações internacionais do suco.
Na bolsa de Nova York, os contratos futuros de segunda posição de entrega do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês), encerraram julho com cotação média mensal 2,54% inferior à de junho. Mas em relação à média de julho de 2012, houve um aumento de 20,2%, conforme o Valor Data.
Ontem, os papéis com vencimento em novembro encerraram a sessão negociados a US$ 1,4490 por libra-peso, com uma valorização de 80 pontos em relação à véspera. Analistas notaram que a valorização do dólar chegou a provocar a queda das cotações, mas que o risco de que tempestades tropicais ainda afetem pomares na Flórida prevaleceu e houve a alta.
Apesar de o mercado de suco estar relativamente sustentado, os preços pagos pelas indústrias exportadoras do produto brasileiro (Cutrale, Citrosuco/Citrovita e Louis Dreyfus Commodities) seguem abaixo dos custos de produção, já que os estoques continuam elevados após duas supersafras seguidas nas temporadas 2011/12 e 2012/13.


Fonte: Jornal Valor Econômico

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