7 de agosto de 2013

Déficit comercial cai com exportação recorde e eleva otimismo nos EUA

O déficit comercial americano teve uma queda acentuada em junho, com um volume recorde de exportações, o que elevou o otimismo do governo Barack Obama e de analistas em relação ao crescimento econômico do país.
O saldo negativo entre exportações e importações caiu 22,4% no período, de US$ 44,1 bilhões em maio para US 34,4 bilhões, segundo o Departamento de Comércio. Analistas ouvidos pela agência Bloomberg previam um déficit comercial de US$ 43 bilhões. Ajustado pela inflação, o déficit comercial caiu 17% de um mês para o outro, para US$ 43,2 bilhões, menor nível desde janeiro de 2010.
As exportações subiram 2,2%, o maior salto desde setembro de 2012, chegando ao nível recorde de US$ 191,2 bilhões. Destacam-se na pauta de exportações americanas motores para aviões, equipamentos de telecomunicação, máquinas e produtos agrícolas.
Por outro lado, os americanos compraram menos produtos estrangeiros, como telefones celulares e outros bens de consumo, o que resultou em queda de 2,5% nas importações, a US$ 225,4 bilhões.
O governo americano celebrou os dados, sobretudo os relativos à exportação. "Hoje, nós vendemos mais produtos americanos para o resto do mundo do que nunca", disse a secretária de Comércio dos EUA, Penny Pritzker.
Analistas também comemoraram, dizendo que terão agora de revisar para cima suas projeções para o PIB americano. "A surpresa de hoje implica uma significativa revisão do PIB para o segundo trimestre", disse Laura Rosner, economista do BNP Paribas em Nova York. "Nosso cálculo sugere uma revisão para cima de 0,8 ponto percentual em nossa estimativa de crescimento para o segundo trimestre, que está agora em 2,5%."
Outro dado positivo foi o medido pelo instituto ISM para o setor de serviços, que saltou de 52,2% para 56% em julho, refletindo um aquecimento nos negócios. Números acima de 50% indicam expansão da atividade.


Fonte: Jornal Valor Econômico


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