3 de janeiro de 2013

Exportações brasileiras caíram 5,3% no ano passado, diz ministério

Após dois anos de alta as exportações brasileiras voltaram a cair em 2012, na comparação com o ano anterior. O recuo nas vendas de produtos nacionais para o exterior foi de 5,3%, em linha com a última previsão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A última vez que o país registrou queda nos embarques internacionais foi entre 2008 e 2009, quando as exportações passaram de US$ 198 bilhões para US$ 153 bilhões.

No ano passado as exportações somaram US$ 242,580 bilhões, ante US$ 256,039 bilhões em 2011, o que representa queda de 5,3% pelo método de média diária, que considera os dias úteis do período.

Inicialmente o governo estabeleceu meta de US$ 264 bilhões em exportações para o ano passado — abandonada em agosto. A expectativa inicial foi substituída para previsão de “algo em torno” do mesmo patamar de 2011.

Em dezembro o ministério havia informado que estimava redução aproximada de 5% nas exportações em 2012, em relação a 2011. É um bom resultado, disse na ocasião a secretária de Comércio Exterior do ministério, Tatiana Prazeres, considerando que 2011 alcançou o patamar recorde das exportações.

 
Queda foi puxada por semimanufaturados

A redução de 5,3% nas exportações em 2012, em relação ao ano anterior, foi resultado de retração nos embarques dos três grupos de mercadorias. A queda foi de 8,3% nas vendas de bens semimanufaturados; de 7,4% nos embarques de produtos básicos; e de 1,7% no caso dos manufaturados. Todas as comparações anuais levam em conta o conceito de média diária, que considera a quantidade de dias úteis no período.

Em relação aos semimanufaturados as maiores baixas ocorreram em ferro e aço (-17,2%); alumínio em bruto (-15,9%); ferro fundido (-15,8%); e açúcar em bruto (-13,2%).

Entre os produtos básicos houve retração nos embarques de café em grãos (-28,5%); minério de ferro (-25,9%); petróleo em bruto (-6%); e carne de frango (-4,7%). Aumentaram as exportações de milho em grão (97,3%); algodão em bruto (32,3%); e farelo de soja (15,7%).

Entre os manufaturados as maiores quedas foram registradas nas vendas de laminados planos (-17,3%); açúcar refinado (-17%); automóveis de passageiros (-14,9%); óxidos e hidróxidos de alumínio (-12,5%); e suco de laranja não congelado (-12,3%).


Fonte: Jornal Valor Econômico

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