24 de outubro de 2011

Riscos aumentam sem acordo sobre crise do euro

Por Associated Press
 
BRUXELAS - Os líderes europeus adiaram de novo a tomada de difíceis, mas necessárias, decisões para salvar o continente de sua crise da dívida, mas prometeram ontem que vão fazer um plano completo.
Ao mesmo tempo que os representantes levam muito tempo para agir, o perigo segue crescendo em uma situação já, por ela mesmo, de alto risco.

Os líderes dos países mais ricos do continente tiveram um domingo de palavras incomumente duras para o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, uma vez que muitos temem que a Itália pode ser a próxima vítima da crise da dívida se não realizar rapidamente grandes cortes orçamentários.

A Europa resgatou três países pequenos: Grécia, Irlanda e Portugal, mas não se pode permitir socorrer a Itália, a terceira maior economia da zona do euro. Analistas disseram que os líderes da União Europeia, conhecidos como Conselho Europeu quando se reúnem em Bruxelas, têm que atuar agora para eliminar a possibilidade de um colapso financeiro da Itália.

"Entre agora e quarta-feira, alguns integrantes do Conselho Europeu têm que convencer seus colegas para que seus países implementem por completo os compromissos", disse o presidente da União Europeia, Herman van Rompuy, depois das reuniões do dia, referindo-se claramante à Itália. Na quarta-feira, os líderes vão se encontrar novamente, para revelar sua resolução, como prometeram.

Quando questionado mais tarde o que pode ocorrer se os países não chegarem a um acordo, Van Rompuy respondeu que eles "vão se comprometer". Mas não está claro que a mensagem foi entendida. "As bases italianas são sólidas", disse Berlusconi a jornalistas depois de uma reunião de 12 horas.

O presidente francês Nicolas Sarkozy disse que a União Europeia vai obrigar aos bancos elevar suas reservas de liquidez em 2012 a níveis muito altos e antes do prazo solicitado originalmente.
Ao fim da cúpula de Bruxelas, Sarkozy comentou que as margens de capital que os bancos devem alcançar em 2019, pelas regras do acordo de Basileia 3, serão obrigatórias agora em 2012 para as grandes instituições creditícias do bloco.

O dirigente francês não detalhou quanto os bancos vão ter de ampliar suas reservas com a antecipação da vigência das regras, mas um funcionário europeu disse no sábado que as instituições financeiras seriam obrigadas a captar pouco mais de 100 bilhões de euros, seja mediante emissão de ações, venda de ativos ou pedido de assistência aos governos.

(Associated Press)

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